Rota das Charqueadas em Pelotas é formada por casarões históricos
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O Tô de Folga desta semana viajou para Pelotas, no Rio Grande do Sul. A cidade é conhecida pela produção de doces artesanais e pela beleza dos casarões históricos. A Rota das Charqueadas fica a apenas dez minutos do centro da cidade. As charqueadas já foram cenário da minissérie ‘A Casa das Sete Mulheres’ e do filme ‘O Tempo e o Vento’.
Conheça as fazendas que fazem parte da Rota das Charqueadas
O conjunto de casarões, em estilo colonial, fica às margens do Arroio Pelotas. São antigas fazendas onde se produzia o charque, a carne salgada que ficava por dias ao sol para secar e que hoje são lugares turísticos e cheios de história. Em visitas guiadas é possível conhecer como era a vida no século XIX. O passeio sai por R$ 18 por pessoa.
As badaladas do sino avisavam que a chuva estava chegando e que era preciso proteger o charque. Dentro dos casarões, os objetos e os detalhes mostram um tempo de riqueza. O turista descobre que as mulheres não podiam sair de casa. No máximo espiar através das janelas. Uma curiosidade: quanto menor o vidro, maior a fortuna da família.
Essa época era sustentada pela mão de obra escrava. Um dos casarões guarda uma réplica do chamado ‘tronco dos castigos’ e preserva também uma pequena gruta de um santo católico, que com o tempo revelou imagens de orixás.
“A gruta foi feita pelos escravos. Ele traz a imagem de São João. Mas para os escravos manterem a religião deles, eles escondem embaixo das conchas figuras de orixás. Para quem passava pela gruta eles estavam rezando para São João Batista, quando, na verdade eles rezavam para os próprios deuses”, explica a monitora turística Eva Vaz.
O período de produção do charque era de novembro a abril. Nos outros meses do ano, os escravos trabalhavam nas olarias, produzindo telhas e tijolos. A olaria funciona até hoje.
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Fonte: Portal G1/RS