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Maestro João Carlos Martins se apresenta com a Ospa nesta terça-feira

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A Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (Ospa) recebe nesta semana o famoso maestro João Carlos Martins em um Concerto Oficial Especial na terça-feira (02), às 20h30, no Auditório Dante Barone, da Assembleia Legislativa.

A história de João Carlos Martins é bem conhecida. Já foi registrada no cinema e também motivou o samba-enredo A Música Venceu, com o qual a escola Vai-Vai ganhou o Carnaval de São Paulo no ano passado. Pianista renomado internacionalmente, ele teve sua carreira interrompida no ano de 2002, em decorrência de uma série de acontecimentos que implicaram na perda dos movimentos de suas mãos. Desde 2004, João Carlos tem atuado como regente, com apresentações de sucesso no Brasil e no exterior. Hoje está à frente da Filarmônica Bachiana SESI-SP, primeira orquestra brasileira a se apresentar no Carnegie Hall, nos Estados Unidos. No último mês de março, o maestro submeteu-se a uma intervenção cirúrgica e, como resultado, tem obtido melhora considerável na movimentação de suas mãos.

Para o concerto com a Ospa, ele concebeu um programa que se propõe a percorrer a história da dança através da música, apresentando alguns highlights da música orquestral. O repertório parte do início do século XVII, com Frohlock o Tochter Zion, de Michael Praetorius (1571-1621), e chega até e o arranjo de Mateus Araújo para o samba-enredo que homenageou João Carlos Martins no Sambódromo do Anhembi.

Neste percurso, serão apresentadas danças das Suítes Orquestrais nº 2 e 3, de J. S. Bach (1685-1750); o minueto do Quinteto de Cordas nº 5, de Boccherini (1743-1805), as Danças Húngaras nº 1, 4 e 10, de Brahms (1833-1897); as partes mais conhecidas da Suíte Quebra-Nozes, de Tchaikovsky (1840-1893), extraídas do balé homônimo; o Bolero, de Ravel (1875-1937), encomendado por uma bailarina; Rag, da suíte Points on Jazz, de Dave Brubeck (1920-); e Libertango, de Piazzolla (1921-1992). O programa, assim, mapeia a influência da dança na história da música em dois aspectos: a incorporação dos gêneros de danças em suítes, sinfonias e sonatas, e a composição musical que inclui a dimensão cênica, para integrar balés, ou o carnaval, no caso de A Música Venceu.

Para encerrar a apresentação, João Carlos Martins assume o piano para fazer um tributo a Ennio Morricone, executando trechos das premiadas trilhas sonoras dos filmes Cinema Paradiso (1988) e A Missão (1986).

Os ingressos para este Concerto Oficial Especial custam R$ 30,00 e estarão à venda a partir de segunda-feira (1º de outubro), das 11h às 19h, e na terça-feira (das 12h às 20h), enquanto houver ingressos, na bilheteria do Auditório Dante Barone (Praça Marechal Deodoro, 101). Estudantes, sêniors e sócios do Clube do Assinante ZH têm 50% de desconto.

 

João Carlos Martins - maestro

 

 

Martins ocupa um lugar ímpar no cenário musical brasileiro, tendo sido considerado um dos maiores intérpretes de Bach do século XX pela crítica internacional. Nasceu em São Paulo, em 1940. Iniciou seus estudos de piano aos oito anos, aos treze começou a sua carreira no Brasil e, aos dezoito, no exterior. Seus concertos no Carnegie Hall sempre tiveram lotação esgotada, e suas gravações muitas vezes figuraram entre as mais vendidas. Abandonou definitivamente os palcos como pianista no ano de 2002 por problemas físicos: uma lesão na mão direita jogando futebol, Síndrome dos Movimentos Repetitivos (LER) e um assalto que lhe causou hematoma cerebral, comprometendo o lado direito de seu corpo.

Teve a sua vida registrada por cineastas europeus por duas vezes, em Die Martin’s Passion, uma co-produção franco-alemã dirigida por Irene Langman, e em Revêrie, dos cineastas belgas Johan Kenivé e Tim Herman. Em 2011, João Carlos Martins foi tema do enredo da escola de samba Vai-Vai, campeã do Carnaval de São Paulo.

Há seis anos iniciou os seus estudos de regência. Apresentou-se com sucesso em Londres, Paris e Bruxelas como regente convidado.

Há cinco anos fundou a Bachiana Filarmônica e desenvolveu um trabalho com adolescentes através de sua Bachiana Jovem. Criou a Fundação Bachiana, cujo tema é arte e sustentabilidade. As orquestras foram unificadas e formam hoje a Filarmônica Bachiana SESI-SP, primeira orquestra brasileira a se apresentar em janeiro de 2007 no Carnegie Hall, feito repetido em 2008.

 

A Ospa é uma das fundações vinculadas à Secretaria de Estado da Cultura. Os concertos da Temporada 2012 são patrocinados pela Lei Federal de Incentivo à Cultura, Vonpar, Ipiranga, Gerdau, Souza Cruz e Brasília Guaíba. A realização é da Ospa, Fundação Cultural Pablo Komlós e Secretaria de Estado da Cultura – Governo do Estado do Rio Grande do Sul.

 

Serviço:

O que: Concerto Oficial Especial

Quando: 02 de outubro (terça-feira), às 20h30

Onde: Auditório Dante Barone - Assembleia Legislativa (Praça Marechal Deodoro, 101)

Quanto: R$ 30,00 (público geral) e R$15,00 (estudantes, sêniors e sócios do Clube do Assinante ZH)

 

Texto: Ana Laura Freitas

Edição: Asscom Sedac

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