A capital recebe no dia 22 de novembro, quinta-feira, a turnê Chão, de Lenine. O show acontece às 21h no auditório Araújo Vianna. A renda do show será oferecida ao flautista gaúcho Plauto Cruz, que enfrenta problemas de saúde e será homenageado na ocasião, quando se comemora também o Dia do Músico.

Desde março deste ano, o espetáculo Chão foi visto em mais de 20 cidades brasileiras, passando também por Chile, Argentina e Uruguai. Em junho, foi a vez do lançamento europeu, com apresentações em Paris, Toulouse, Milão e Viena. De volta ao Brasil, o show segue seu giro nacional em Porto Alegre como parte da Jornada da Diversidade, circuito de debates e apresentações culturais promovido pela Secretaria de Estado da Cultura entre os dias 13 de novembro e 7 de dezembro.

Com direção musical do próprio Lenine, em parceria com Bruno Giorgi e JR Tostoi, Chão apresenta um espaço repleto de instrumentos e equipamentos eletrônicos responsáveis por reproduzir os ruídos orgânicos que permeiam nove das dez faixas do disco, como “Chão” (Lenine / Lula Queiroga), “Envergo mas não quebro” e “Isso é só o começo” (Lenine/Carlos Rennó). Juntos, Lenine, Bruno e JR Tostoi ainda têm a incumbência de transpor os sucessos do compositor – indispensáveis – para essa nova atmosfera. “Jack Soul Brasileiro”, “Leão do Norte” (Lenine/Paulo César Pinheiro) e Paciência (Lenine/DuduFalcão) são alguns deles.

Paulo Pederneiras, diretor de arte do espetáculo, criou um cenário em tons vermelhos, que ocupa apenas o chão da caixa cênica, em contraste com o entorno totalmente negro.  Três lâmpadas simples, uma sobre cada um dos músicos, compõem a cena. À equipe de Paulo somam-se Fernando Maculan e Gabriel Pederneiras.

Chão é o décimo álbum de carreira do cantor e compositor. Numa evidente opção estética – instigada pelo canto de um pássaro que invadiu a gravação de uma das faixas – o trabalho se revela “eletrônico, orgânico e concreto”, com músicas inéditas, imersas na delicada intimidade de ruídos sem edição. Para Lenine, levar Chão ao palco é mais do que simplesmente tocar as canções do álbum. A ideia é ambientar o espaço com os sons como o canto do canário belga Frederico VI, o ruído ensurdecedor das cigarras no verão da Urca, a agoniada derrubada de uma árvore por uma motos serra, entre outros.

“No início, havia apenas a palavra e meu principal significado de chão: tudo aquilo que me sustenta. Chão, quase onomatopeia do andar – que soa nasal, reverbera no corpo todo. É pessoal, passional e intransferível” – conta Lenine, explicando como surgiu a inspiração para o nome do disco e, consequentemente, da turnê.

Lenine em Porto Alegre

Dia 22 de novembro, quinta-feira

Auditório Araújo Vianna

Ingressos custam R$ 10 e toda a renda será revertida em auxílio ao músico Plauto Cruz

Locais de venda:

Centro Municipal de Cultura (Av. Érico Veríssimo, 307) e na Casa de Cultura Mario Quintana (Rua dos Andradas, 736)

Promoção:

Secretaria da Cultura – Governo do Estado de Pernambuco

Instituto Estadual de Música (IEM) – Secretaria da Cultura – Governo do Estado do Rio Grande do Sul

Coordenação de Música – Secretaria Municipal de Cultura – Prefeitura de Porto Alegre

Sobre Plauto Cruz

O flautista gaúcho Plauto Cruz, que completa 83 anos no dia 15 de novembro, é considerado um dos maiores instrumentistas do país e já realizou diversas turnês no Brasil e exterior, principalmente de choro e samba. A comunidade artística tem realizado diversas apresentações beneficentes para ajudar o artista, que enfrenta problemas de saúde.

Natural de São Jerônimo (RS), Plauto mora em Porto Alegre há muitos anos. Já gravou mais de 40 LPs como acompanhante de grandes músicos brasileiros, entre eles Lupicínio Rodrigues, Jessé Silva, Túlio Piva, Kleiton e Kledir e Nelson Gonçalves. Tem quatro LPs como solista e seis CDs gravados, entre eles Engenho & Arte, com Mário Barros; Plauto Cruz em novos tempos de seresta; Plauto Cruz – O Mago da Flauta; e Plauto Cruz – Choros e Canções, gravado com Yamandu Costa, contendo apenas canções de sua autoria.