Na noite desse domingo (22), foi lançado o livro Arte Sacra e Fé, que conta a história da restauração da Igreja Nossa Senhora da Purificação, localizada no município de Bom Princípio. O evento contou com a presença do secretário de Estado da Cultura, Victor Hugo, e da diretora do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado (Iphae), Miriam Rodrigues.

Com uma tiragem de 3 mil exemplares, em 70 páginas o livro traz fotos, depoimentos e histórias, desde o tempo dos jesuítas, irmãos maristas e depois os atuais padres seculares. A obra faz parte do projeto de restauro da matriz e é uma realização da Associação Comunitária Bom Princípio, com o apoio da Prefeitura, conta com o patrocínio de várias empresas, por meio da Lei de Incentivo à Cultura (LIC). A distribuição será gratuita.

As obras

A restauração da igreja iniciou em março de 2013 e está com a sua primeira etapa  concluída. Esta etapa inclui a torre, telhado, relógios e pintura.  O investimento total das obras deve ser de R$ 4,7 milhões. Estão ainda sendo feitas a parte elétrica e platibandas. Só nesta primeira etapa o investimento será de quase R$ 2 milhões, também com o patrocínio de empresas, através da LIC.

A segunda etapa, que deve demorar cerca de dois a três anos, terá investimento de aproximadamente R$ 2,7 milhões, deverá ser feita a parte interna e externa, incluindo capitel, pinturas, banheiros, escadaria e paisagismo.

 A história

A Igreja Nossa Senhora da Purificação de Bom Princípio, é importante referencial para a histórica cultural do Rio Grande do Sul, em especial, sobre a contribuição dos imigrantes alemães. Foi o primeiro templo religioso do estado solenemente consagrado, em 1898, pelo Bispo Dom Cláudio Ponce de Leão. O interior da igreja  possui  elementos artísticos  que demonstram a forte religiosidade e o vínculo com a cultura germânica: o órgão de tubos importando da Alemanha em 1923; o altar-mor datado de 1884, construído pelo artesão Miguel Flach; as imagens sacras de Nosso Senhor Coração de Jesus, São José e dois anjos adoradores; os vitrais importados da Boêmia e as pinturas internas sobre o forro de madeira feitas por Ferdinad Schlatter entre 1908 e 1910.