A terceira capital Farroupilha recebe homenagem neste domingo
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Dentro do projeto de recuperar o valor histórico e cultural das três capitais farroupilhas, Alegrete - a terceira capital -, recebe a encenação De Seival a Porongos e o concerto especial da Ospa, neste domingo (08), a partir das 14h, no largo do Centro Cultural Adão Ortiz Houayek . O evento contará com a presença do governador Tarso Genro e do secretário de Estado da Cultura, Assis Brasil. A promoção é do governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Cultura, executado pelos institutos de Artes Cênicas e Gaúcho de Tradição e Folclore.
Com direção de Marcelo Restori, o espetáculo De Seival a Porongos une a guerra dos Farrapos com as lendas gaúchas. No elenco, estão os atores gaúchos Leonardo Machado, Simar Antunes, Zé da Terreira e participação de moradores da cidade. O espetáculo já foi apresentado em Piratini (2011) e Caçapava do Sul (2012) que antecederam Alegrete como sedes da República Farroupilha.
A batalha
A batalha do Seival marca uma etapa da Revolução Farroupilha (1835-1845). No dia 10 de Setembro de 1836 trava-se o combate entre as forças do Coronel Farroupilha Antônio de Sousa Neto e as do Coronel Imperialista João da Silva Tavares. Após renhida luta é derrotada a força imperial brasileira. Nesse movimento revolucionário que mostrava como pano de fundo os ideais liberais, federalistas e republicanos, foi proclamada a República Rio-Grandense.
Alegrete
O Pampa e as grandes estâncias são a marca registrada da terceira Capital Farroupilha. Mas há também um permanente e harmônico diálogo entre o campo e a cidade. Entre os grandes nomes alegretenses estão Mario Quintana, Sérgio Faraco e Hélio Ricciardi. Em Alegrete a dança encontrou força em todos os estilos. Na cidade nasceu o Dança Alegre Alegrete que reúne expressões nacionais e internacionais do setor.
As origens do município de Alegrete datam do início do XIX quando em 1801, os aventureiros Borges do Canto e Santos Pedroso, ambos riograndenses, conquistaram para a coroa portuguesa o território das missões jesuíticas ao norte do Rio Ibicuí. As contínuas lutas de fronteira, agora entre o Reino de Portugual e os dissidentes ao recém constituído governo das Províncias Unidas do Rio do Prata, provoca o ataque e queima do povoado e da capela, provocando a transferência da povoação para a margem esquerda do Rio Ibirapuitã, em 1817, onde erguerá novo povoado e capela, com a denominação de Nossa Senhora da Conceição Aparecida de Alegrete.
Pelo ponto estratégico do novo local por onde escoam os produtos primários em direção aos portos de Buenos Aires e Montevidéu, o lugarejo prospera rapidamente e eleva-se a categoria de vila através do decreto provincial de 25 de outubro de 1831, demarcando assim seus limites e ganhando autonomia política. Com a Revolução Farroupilha em 1835, Alegrete torna-se, no período de 1842 à 1845, a 3ª Capital da República Riograndense. Entre batalhas e campanhas, por bravura, determinação e desenvolvimento, a Vila de Alegrete foi elevada a categoria de cidade em 22 de janeiro de 1857.
Texto: Asscom Sedac