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Secretaria de Estado da Cultura investe R$ 20 milhões na recuperação e restauração de bens tombados no RS

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Fachada da Catedral São Francisco de Paula

Pelotas, no Sul do Estado, tem hoje a terceira maior população do Rio Grande do Sul. São mais de 300 mil habitantes que transitam diariamente por um cenário onde o antigo e o novo dividem o mesmo espaço em uma harmonia que, por muitos, ainda é considerada ímpar. O município conta hoje com  33 prédios tombados, oito deles pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Cultural do Estado (IPHAE): a Escola de Agronomia Eliseu Maciel, a residência do Senador Augusto Assumpção, a Casa da Banha, a Casa João Simões Lopes Neto - Instituto J. Simões Lopes Neto, o Castelo Simões Lopes, a Catedral São Francisco de Paula, o Clube Cultural Fica Ahi Pra Ir Dizendo e o Palacete Payssandu - Casa do Escritor João Simões Lopes Neto.

O curioso é a maneira como a cidade encontrou para manter realmente viva toda essa história -  que começou em 1758, quando Gomes Freire de Andrade, Conde de Bobadela, doou terras às margens da Lagoa dos Patos para o Coronel Thomáz Luiz Osório: os prédios não são apenas preservados, mas fazem parte de um circuito que desde 2013 reúne a população para visitas e atividades culturais de resgate histórico. O chamado "Dia do Patrimônio", comemorado em 17 de agosto, rendeu a Pelotas este ano o Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade, do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).

 O Prêmio foi criado em 1987, em homenagem ao primeiro presidente do IPHAN, como objetivo reconhecer iniciativas desenvolvidas por pessoas e instituições públicas ou privadas, que mantêm vivo o patrimônio e suas mais diversas formas de expressão. Das 60 propostas de 22 estados inscritos, além do Rio Grande do Sul, foram premiados Maranhão, Minas Gerais, Sergipe, São Paulo, Bahia e Pará.

Mas esse interesse em cada vez mais cuidar do patrimônio Histórico vem se tornando cada vez mais comum no Rio Grande do Sul.

Um patrimônio de todos

No total, o estado tem 152 patrimônios tombados, incluindo o tombamento de remanescentes de Mata Atlântica que abrange mais de 100 municípios. “O IPHAE entende que a preservação da Mata Atlântica, tombada em 1992, contribui com a salvaguarda da biodiversidade e proteção de bens de valor geológico, geormofológico, paisagístico e histórico do Rio Grande do Sul”, explica a diretora do IPHAE, Mirian Sartori Rodrigues.

 Miriam destaca ainda que o reconhecimento do patrimônio material e imaterial permite que tanto os municípios quanto pessoas físicas e jurídicas busquem recursos, por meio das leis de incentivo, para obras de recuperação e restauração de bens. Desde 2011, o Sistema Pró-Cultura RS – LIC financiou 24 projetos, ultrapassam R$ 20 milhões.

 "O tombamento permite que prédios recebam recursos públicos de até R$ 1,5 milhão através de financiamento pela Lei de Incentivo à Cultura (LIC), um valor obtido através de isenção fiscal com contrapartida das empresas. É uma maneira de mantermos nossa história viva, ao alcance dos olhos. Esse cuidado com o passado, com nossas origens, faz a diferença no presente e no futuro", destaca o secretário de Estado da Cultura, Victor Hugo.

Fazenda da Tafona, construída em 1813 em Cachoeira do Sul, foi o mais recente tombamento feito pelo IPHAE, em novembro.
Fazenda da Tafona, construída em 1813 em Cachoeira do Sul, foi o mais recente tombamento feito pelo IPHAE, em novembro.

Sala de Cultura

O assunto foi abordado no programa Sala de Cultura desta sexta-feira, veiculado pela Rádio Piratini e com apresentação da jornalista Sabrina Thomazi. Além da Diretora do IPHAE e do Secretário Victor Hugo, participou também a arquiteta e representante do Sindicato das Indústrias da Construção Civil do Rio Grande do Sul (Sinduscon-RS), Verônica Di Benedetti.

Sala de Cultura vai ao ar todas as sextas-feiras, 10h da manhã.
Sala de Cultura vai ao ar todas as sextas-feiras, 10h da manhã.

 

Desde 2014 o Sinduscon-RS desenvolve um trabalho Resgate do Patrimônio Histórico. Este ano firmou no dia 5 de abril o terceiro convênio para a restauração de mais 20 monumentos do Parque Farroupilha, com verba incentivada pelo Governo do Estado, através do programa Pró Cultura – Lei de Incentivo à Cultura (LIC), no valor de R$ 247 mil. No último dia nove também lançou o Projeto Monumento ao Laçador – Seminário sobre Conservação. O evento marcará o início do processo de diagnóstico para o desenvolvimento de ações que visam a preservação do monumento, numa iniciativa que integra o Projeto Construção Cultural – Resgate do Patrimônio Histórico, instituído pelo Sinduscon-RS.

"Nós estamos lançando um atelier escola. Até o dia 20 de dezembro os profissionais da área de patrimônio vão poder se inscrever para acompanhar o trabalho que vai ser feito no Laçador, assim podendo se aperfeiçoar na área de metais, na qual a gente tem deficiência de pessoal capacitado aqui no Estado", informou Verônica.

O anúncio dos escolhidos vai ser feito dia 4 de janeiro.  O curso acontecerá de 13 a 17 de março de 2017 e as inscrições podem ser feitas pelo site http://www.sinduscon-rs.com.br/construcao-cultural

O programa Sala de Cultura pode ser ouvido e baixado no link https://soundcloud.com/governo-rio-grande-do-su/rio-grande-do-sul-tem-152-patrimonios-tombados-sala-de-cultura-2511

Mapa Digital da Cultura

A Secretaria de Estado da Cultura (SEDAC) dispõe de Mapa Digital da Cultural, que reúne em uma plataforma única de dados relacionados aos elementos e à infraestrutura ligada ao desenvolvimento de atividades culturais e ao patrimônio cultural do estado, como bibliotecas, museus, teatros, academias de samba, entre outros.

 Os bens tombados pelo IPHAE podem ser visualizados nesta plataforma pelo link http://www.cultura.rs.gov.br/mapa/#lat=-30.293609699999674&lng=-53.88029040000009&zoom=7.

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